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2012 - Livro Vermelho 2013

Pilea aparadensis P.Brack CR

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 10-04-2012

Criterio: B2ab(ii,iii)

Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie endêmica do Brasil, com uma ocorrência muito restrita (AOO=8 km²) e severamente fragmentada. Ocorre em município em grande desenvolvimento. Poucos representantes em coleções com repetidas localidades.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Pilea aparadensis P.Brack;

Família: Urticaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita em Napaea 9: 1 (1993). Espécie próxima de Pilea hydra Brack, diferencia-se por apresentar caule 1-3 mm de espessura, folhas 2-6,5 cm de comprimento por 1,5-3,3 cm de largura, com 7-16 pares de dentes, pecíolos 0,7-3,5(4) cm de comprimento, inflorescência feminina 1,3-2 cm de comprimento, flores masculinas 1-1,5 mm de comprimento, sem cúculo visivelmente atenuado e distinto da tépala (Brack., 1993).

Distribuição

Ocorre nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Romaniuc Neto; Gaglioti, 2012); entre 700-900 m de altitude (Brack, 1993).

Ecologia

Caracteriza-se por ervas eretas, de 20-35 cm de altura, de inflorescências unissexuais; floresce e frutifica entre março e junho (Brack, 1993).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência national
Severidade very high
Detalhes A Mata Atlântica já perdeumais de 93% de sua área e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce. Algumasáreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de sua florestaoriginal. Dez porcento da cobertura florestal remanescente foi perdida entre1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis em vigilância eproteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foramreduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos,bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande partedevastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) noséculo XVI. As causas imediatas da perda de habitat são: a sobrexplotação dosrecursos florestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e aexploração da terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura).Subsídios do governo brasileiro aceleraram a expansão da agricultura eestimularam a superprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada deflorestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650 km2 deflorestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição àincessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadaspela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas eprodutos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Espécie considerada "Em Perigo" (EN) pela Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: A espécie consta no anexo II da Instrução Normativa nº 6, de 23 de setembro de2008 (MMA, 2008) sendo considerada uma espécie "Deficiente de dados" (DD) paraa avaliação de risco de extinção.

Referências

- ROMANIUC NETO, S.; GAGLIOTI, A.L. Pilea aparadensis in Pilea (Urticaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB015060>.

- TABARELLI, M.; PINTO, L.P.; SILVA, J.M.C.; ET AL. Desafios e oportunidades para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica brasileira., Megadiversidade, p.132-138, 2005.

- ROMANIUC NETO, S.; GAGLIOTI, A.L. Urticaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.489-490, 2009.

- BRACK, P. Pilea aparadensis (Urticaceae), nova espécie do sul do Brasil., Napaea, p.1-2, 1993.

- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

Como citar

CNCFlora. Pilea aparadensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Pilea aparadensis>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 10/04/2012 - 14:29:10